Tinha esquecido...Temporariamente, talvez só rapidamente, mas tinha me esquecido...Como ainda cometo essa leseira?Como posso me esvaziar constantemente quando há tanta coisa bonita, bem aqui, na minha frente!
É que essa semana foi meio pesada pra mim e lá estou eu, num pesar sem fim...Fico chorosa, magoada, ansiosa com o falatório, com as partes feias das pessoas.Por que dou tanta importância pra essa fala de uma outra pessoa?Tento tido novas concepções sobre a vida e,meu aprendizado, pelo menos existe.No local onde "tô fazendo um bico" (trabalho temporário), como nos meus outros trabalhos e até em reuniões que deveriam ser agradáveis, há muitas pessoas idiotas(acho que a grande maioria delas).E aí, voltam aquelas situações chatas, comentários imbecis e os malditos pombos-correio.Isso é o que mais me irrita!Agora há uma nova categoria: "pombo-correio docinho",kkkkkkkkkkkk.Nomenclatura perfeita!Queria poder por em latim...
É aquela pessoa que vem trazer "notícias" (fofocas) pela metade, muitas vezes, ou porque tem a mesma loucura do Nero ou porque é um conflitado covarde, em cima do muro.E aí?Como a raivosa aqui se controla pra conseguir ser estratégica?Já é sabido, que, no dia seguinte, lá estarão minhas coceiras, o que é um avanço porque a enxaqueca tem me dado trégua, talvez por eu tê-la exorcizado(isso funciona mesmo, conto em outro momento ;*).Fora essas somatizações, que apenas amenizam o sentimento de raiva, existem ainda as minhas percepções sobre mim mesma...Senti-me hipócrita e burra porque preguei tanto uma verdade e achei que a vivenciava e quando é na minha pele, sinto, de outro jeito...Como fica isso????Esse ponto ao qual me refiro, tem me castigado há uns 4 anos.Sei que ainda tenho muito o que pensar e agir a respeito e que um dia vai ser resolvido.
Mas, o ponto em questão aqui é a forma como tenho encarado meus problemas, sentimentos e vivências até hoje e aí acabo ficando amarga e me emputecendo com o mundo e com Deus.Mas Ele, com todo amor do mundo, vem e ZÁS!Me mostra como tô sendo burra!Como tô esquecendo que existe o ENCONTRO e como isso é lindo e me preenche!!!!Explica tudo e acalma tudo!
Não consigo ser como a Ermê que constrói o encontro com a maioria das pessoas, mas confesso que posso fazer melhor do que estou fazendo, mas também me orgulho de fazer melhor do que fazia!
Há poucos minutos, conversava com uma antiga amiga sobre questões dela e, automaticamente e empaticamente, lembrei-me da existência do encontro e de mim!E aquela angústia toda que sentia há uma semana ou mais com as minhas questões, foi embora como num passe de mágica!Eu abri a porta pro encontro e logo veio outro, bem atrás dele (!!!!!!!!):meu pai foi até a cozinha compartilhar uma idéia comigo e a Léa (ela trabalha aqui em casa há 18 anos) sobre uns ideais comunitários (e isso sempre me emociona, até quando o papai fica histérico e discutimos) e como reunir a população e tal e aí ele começa a falar sobre as atitudes dessas pessoas e a ambição e corrupção até entre os mais pobres.Eu estava tão extasiada e positiva com o meu encontro com o encontro que agi diferente!Eu, habitualmente, iria fazer uma "pregação" sobre a pobreza de espírito da humanidade e o porquê da atitude dessa pessoa a qual meu pai se referia mas nada disso aconteceu! Nós três começamos a organizar, a partir da idéia do meu pai de fazer uma feira, um mini projeto pra angariar fundos e proporcionar meios pras pessoas do município onde ele atua, terem mais dignidade e serem mais solidárias em lugar de ambiciosas.Foi lindo!!!!!!!!!!=))))))))))
Meu pai já não estava aborrecido com a situação, eu nomeei a feira de "Feira da Utilidade" e a Léa se dispôs a ajudar com várias coisas que ela não usa mais além de comentar sobre a atuação e sentimento das pessoas e nos confirmar!Eu tô me sentindo muito bem e tô emocionada de verdade!Por que eu esqueço que existem os encontros?Por que fico sofrendo?Minha tatoo não serve mais?Preciso lembrar!
Pra terminar, quero contar só mais uma coisa.Essa amiga a quem me referi acima, já esteve quase fora da minha vida.Discutimos muitas vezes e nos últimos anos, nem sequer discutimos.Eu não via mais nada em comum entre a gente e passei mais de 3 anos conversando com ela e a encontrando poquíssimas vezes, mais por consideração - a ela e ao nosso passado - que por saudade.Eu sabia o que estava sentindo e ainda assim, tentava aprofundar as coisas mas nunca adiantou.Foi quando eu decidi não romper mais relações e investi nela, nessa minha amiga mesmo não tendo quase nenhum sentimento profundo de volta.Aí, um dia, eu senti saudade dela.Senti, de verdade!Eu senti saudade, cara!
Porra, foi algo muito bom e aí eu liguei pra ela e disse que estava com saudade de verdade.Temos também, nós duas, um longo e árduo caminho a percorrer porque não confio nela (confiança pra mim tem um sentido mais profundo que "oposto de traição") nem me sinto preenchida mas a consideração, confiança e persistência que ela demonstra por mim, têm sido o suficiente pra me fazer acreditar que podemos ainda, nos encontrar!
E pra quem tiver lendo isso aqui e não tiver sacado o que o encontro é, dá uma lidinha em Jacob Levy Moreno e a teoria dele,tá?Acho que você vai gostar!
Um beijo!
